Ajuda psicológica no isolamento social
No interior de São Paulo, um programa com professores da rede pública está ajudando crianças que sofrem com a violência doméstica.
A procura por ajuda psicológica não pode esperar o fim da quarentena porque muitas pessoas estão mais suscetíveis a desenvolver transtornos como ansiedade, depressão e estresse durante o isolamento.
Segundo a Prefeitura de Jundiaí os canais de atendimento (disque 156 e chat) têm tido procura moderada, com uma média de 10 atendimentos diários. A maioria dos atendimentos nas linhas de suporte são de queixas de ansiedade, especialmente aos temores relacionados à pandemia. Em seguida vem a demanda de pessoas que se sentem solitárias, principalmente idosas, que ligam para se sentirem menos sós.
Durante este período, de forma geral, houve uma diminuição do fluxo de atendimentos em saúde mental, em razão das medidas de isolamento social. Nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) a prioridade dos atendimentos presenciais são os casos de maior gravidade.
Neste contexto, tem-se evitado, na medida do possível, o deslocamento de usuários idosos, ou em outras condições de risco, aos serviços da Rede de Atenção Psicossocial (Raps).
Nos casos mais complexos, há um investimento nas ações de cuidado domiciliar. Estão suspensos, durante este período, os atendimentos em grupo e oficinas. A psicóloga e psicanalista Silmara Meireles, de Jundiaí, faz parte de dois projetos de acolhimento emocional gratuitos e on-line. Ela conta que há atendimentos individuais na rede de apoio Acolhe-DOR. “Neste momento estamos com apoio para pessoas que estão passando por violência física ou emocional”, mas ela salienta que trata-se de um suporte e não tratamento.
Para solicitar o atendimento, basta enviar uma mensagem para a página do projeto no Facebook com um número de contato. São utilizados WhatsApp ou Skype para o atendimento.
O outro projeto é voltado para atendimentos em grupo de professores da rede pública de ensino, o da Associação Pela Saúde Emocional de Crianças (ASEC). Os atendimentos são feitos via internet. “O nosso foco é capacitar professores para oferecerem suporte aos alunos, mas neste momento também há acolhimento para eles, por conta da situação”, diz Silmara.
NAS FACULDADES
As faculdades de psicologia em Jundiaí estão com os atendimentos psicológicos suspensos. A Unip, Unianchieta e Anhanguera têm Centros de Psicologia Aplicada (CPAs), mas não podem atender presencialmente. Já no meio on-line, a Anhanguera, por exemplo, explica que como são feitos por alunos, sob supervisão de professores, não há como prosseguirem com os atendimentos via internet.
Fonte: Jornal Nacional